Nos dias de hoje, pais e educadores devem avaliar os costumes familiares, estabelecendo quais hábitos valorizam e desejam manter, e quais devem ser evitados.
Este tema não pode ser abordado sem citar as normas e valores que norteiam a educação dos filhos.
O que queremos transmitir aos nossos filhos, como pais e adultos? A respostas são óbvias, e entre elas, podemos citar:
A importância de respeitar os outros.
O valor da verdade.
O valor da espontaneidade e sinceridade.
A demonstração de amor ao insistir em dizer algo que não é de seu agrado.
O apoio incondicional aos filhos.
O que isso tem a ver com bons e maus hábitos? Ambos são cultivados a partir dos valores fundamentais de cada família.
O que acontece se os bons hábitos não são praticados ou são arbitrariamente desrespeitados? As crianças nos observam e imitam tudo o que fazemos. Por isso, às vezes tentam desrespeitar os limites. É assim que se rompe o circuito da confiança, e os hábitos desejáveis acabam perdendo força, dando espaço para os maus hábitos.
No entanto, nem tudo é tão preto ou branco. Existem matizes, e dentro deles, é preciso se mover com flexibilidade. Sem rigidez excessiva, é possível manter os limites e condutas que desejamos preservar.
Um exemplo: permitir que as crianças cresçam sem uma certa ordem cotidiana, sem limites nem referências que as ajudem a lidar com a liberdade, é uma forma de desamparo, privando-as de um espaço seguro que as contenha e resguarde. As crianças precisam explorar a própria autonomia sabendo que há um adulto para protegê-las e impedir que caiam do "precipício".
Permitir que seu filho faça tudo o que quiser, como se fosse a única pessoa importante no mundo, não ajuda em nada. Se acostumarmos as crianças a funcionar dessa maneira, sem dúvida estaremos criando maus hábitos. Elas precisam dos adultos para poder ser crianças e aprender, dia após dia, as regras e condutas básicas da sociedade.
Veja alguns exemplos de bons hábitos cotidianos:
- Dizer bom dia
- Dizer boa noite
- Pedir licença
- Escutar os outros
- Aceitar um não como resposta
- Aprender que adiar alguma coisa não significa renunciar a ela para sempre
- Ter horários para se alimentar
- Ter horários para dormir
- Ter horários para brincar
- Compartilhar espaços com a família
- Integrar os avós à vida familiar, mesmo ocasionalmente
- Não gritar, não faltar ao respeito
Que tal refletir sobre os maus hábitos que sua família deseja mudar?
Lic. Alejandra Libenson
Psicóloga e Psicopedagoga
Especialista em Educação, Criança e Infância
Autora do livro "Criando hijos, Creando personas"
Alejandralibenson@hotmail.com
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